Treinamentos Pontuais ou Programas de Formação & Desenvolvimento?

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Treinamentos Pontuais ou Programas de Formação & Desenvolvimento?

Por Helton Haddad

Uma pergunta que sempre surge nas minhas conversas com gestores de RH e de desenvolvimento de pessoas: vale a pena fazer uma sessão única de treinamento sobre um determinado assunto? Ou sempre deveríamos pensar pela ótica de um programa de Formação & Desenvolvimento (F&D), com sessões de treinamentos integrados e sequenciais que detalhassem uma determinada área de conhecimento, permitindo que os participantes obtivessem uma visão mais completa do tema?

Com base na experiência prática do SMG/Mentor, vamos ver algumas ideias que podem ajudar você a escolher o melhor approach para a sua empresa.

O treinamento “pontual” pode valer a pena

Claro que não estamos falando aqui de “pontualidade” no relógio (me desculpe pela piada fraca…), mas sim de treinamentos isolados, que em situações mais simples podem tratar de conceitos e habilidades práticas, de efetividade imediata. 

Uma historinha ilustrativa: há uns anos, dei um treinamento de “Atendimento ao Cliente” para um empresa atuante no ramo de águas e esgotos. Os participantes eram as pessoas da equipe de campo, os caras que de verdade resolvem os problemas com encanamentos e vazamentos. 

Estes funcionários costumavam “chegar chegando”, e de repente os moradores da rua em obras viam buracos e falta de água sem maiores explicações, o que gerava brigas e reclamações… mesmo com a empresa sempre enviando alguma comunicação prévia.

Trabalhamos com este pessoal a ideia de que eles eram parte do atendimento ao cliente, e que deveriam ser atenciosos e gentis no trato com a população. Não foi trivial…

Em cerca de 8 horas, percorremos os conhecimento e as habilidades desejadas com exercícios de simulações da vida real, filmados e analisados com muito bom humor e reflexão. Conseguimos um alto engajamento nos “role plays”, as pessoas se sentiram importantes (“não só conserto canos, atendo ao cliente!”) e voltaram para suas atividades motivadas. 

Depois pudemos avaliar e medir as melhoras nos índices de satisfação e a queda das reclamações na região atendida pela equipe. Foi um treinamento com um objetivo concreto, focado, “começo – meio – e fim”,  que conquistou os resultados desejados. Pontual e efetivo!

O Programa de Formação & Desenvolvimento

Mas em assuntos mais complexos, precisamos de uma abordagem diferente… usualmente chamada de “um programa de F&D”.

Na área de vendas e em gestão de negócios, exigem-se habilidades variadas, muitas delas distintas e flexíveis. Logo, a abordagem deve ser “teórica”, com “best practices” e conceitos consolidados advindos da área acadêmica e de pesquisas, mas também “prática”, de tal modo que este conhecimento seja desenvolvido em atividades de reflexão, exercícios práticos e simulações que permitam a construção das “habilidades” de cada participante… isso exige tempo e esforço.

Veja como exemplo os módulos de um programa de F&D em vendas, caso real, que tenho conduzido nos últimos anos com um cliente global de grande porte – uma completa “Sales Suite” para vendas no B2B:

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Imagine que cada módulo deste tem uma carga horária variada, mas raramente menor que 8 horas presenciais. Claro que estas horas ainda podem ser divididas em “pílulas do conhecimento”, com sessões virtuais de cerca de 1 hora cada, sequenciais… esta adaptação é possível e ocorre com certa frequência.

Apresentar tudo isso sob a forma de um programa é a maneira mais simples de organizar e integrar todos os módulos e atividades a um LMS (Learning Management System). E facilitar que os gestores da área de negócios e os próprios participantes compreendam e “se achem” no programa.

Para completar, mais algumas vantagens dos programas de F&D:

  • Pode-se prever mais facilmente as atividades de follow up para a prática das habilidades;
  • O envolvimento dos respectivos gestores é estimulado, com um engajamento para que acompanhem e “cobrem” o uso dos novos conhecimentos; 
  • Abre-se a possibilidade de implantarmos um sistema de “aprendizagem contínua”, com algum tipo de “game-ficação”, certificação dos participantes, métricas de desenvolvimento pessoal e uso de apps (como o Degreed e o MPA – Mentor Productivity Accelerator  – aplicativo mobile do Mentor Group), para desenhar trilhas personalizadas de aprofundamento;
  • E combatemos a assim chamada “curva do esquecimento”:
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Fonte: https://elearningindustry.com/forgetting-curve-combat

Uma conclusão…

O aprendizado contínuo é uma das tendências para a década de 2020, e sem dúvida os programas de F&D aí se encaixam muito bem. 

Mas ainda temos muito espaço para treinamentos pontuais bem desenhados e aplicados…

Qual a sua opinião? Se quiser partilhar comigo e com meus leitores… agradecemos!

Sucesso!

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